Município deve poupar pelo menos 10% nos gastos com energia elétrica
A cidade de Fortaleza, no Ceará, vai utilizar a energia solar para abastecer escolas, postos e saúde e o metrô da cidade. Segundo a prefeitura, o município deve poupar na área de educação e saúde pelo menos 10% nos gastos com energia elétrica, podendo chegar até R$ 2,8 milhões no custo atual com energia.
Trata-se de um projeto de lei que prevê o modelo de Parceria Público Privada (PPP) para “implantação, gestão, operação e manutenção da geração de energia solar” nas escolas e unidades de saúde pública do estado. A ideia é utilizar energia limpa, contribuindo para a questão ambiental e direcionando melhor a capacidade de investimento da Prefeitura.
O vencedor da concessão vai instalar placas solares nas próprias unidades públicas ou em usinas externas, para garantir o fornecimento de energia limpa a rede. Além da usina, será exigido projeto de eficiência energética, incluindo a troca de lâmpadas convencionais por LED e de equipamentos por opções mais modernas e que consumam menos. Segundo o coordenador de PPPs da prefeitura, Rodrigo Nogueira, a empresa escolhida também será responsável por todo o ônus de reposição.
A linha azul do metrô de Fortaleza também será abastecida por energia solar. A ordem de serviço para compra, montagem e instalação de placas no metrô já foi assinada em fevereiro deste ano e o prazo para instalação é de 12 meses. O projeto será executado pelo Consórcio Solar-For, com recursos do Tesouro Estadual do Ceará e da Caixa Econômica Federal da ordem de R$1,6 milhão.
O sistema será instalado em quatro estações da linha azul do metrô. Serão instaladas 650 placas solares na estação Juscelino Kubitschek (JK) e outras 325 na estação Padre Cícero. A expectativa é de que a quantidade de energia solar produzida nas duas estações venha suprir a demanda elétrica de pelo menos quatro estações da Linha Sul.
A empresa ficará responsável pela instalação dos painéis, que poderão ser fixados direto nos empreendimentos ou em usinas externas e também pela troca de lâmpadas e outros equipamentos para uma maior eficiência energética.
O prazo da execução do projeto é de pelo menos um ano, seis meses para instalação e mais seis meses para a operação assistida, funcionando como fase de testes em que serão feitos os ajustes necessários.
A ideia é que a energia excedente produzida pelas placas solares das estações seja transferida para a rede de distribuição da Capital. Na sequência, esse excedente é revertido para o metrô em forma de crédito em produção elétrica. Assim, a empresa poderá obter compensações nas contas de energia, representando uma economia na operação.
Fonte: Portal Solar (https://www.portalsolar.com.br).